Check up 2021: SindMédico-DF lutou pela vacinação de trabalhadores da saúde

O segundo ano da pandemia da covid-19 foi marcado pelo intenso debate sobre a vacinação, enquanto o sistema de saúde continuava sobrecarregado, com alta demanda de leitos de UTI e com outros atendimentos contingenciados e profissionais de saúde expostos a risco elevado, com equipamentos de proteção individual (EPIs) limitados e sobrecarga de trabalho.

Quando foi liberada a vacinação, médicos e demais trabalhadores em saúde que atuam em serviços privados não foram incluídos pela Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal na lista prioritária, em desacordo com orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde. O SindMédico-DF, em conjunto com as demais entidades médicas do DF, entraram em campo para garantir a vacinação desse contingente de profissionais – tanto os médicos quanto os demais trabalhadores da saúde.

Sem vacinas na rede pública, tentativa de compra

Diante do impasse, o sindicato chegou a obter autorização judicial para a aquisição própria de vacinas. Em paralelo manteve negociação intensa com a Secretaria de Saúde do DF, recorreu ao Ministério da Saúde e órgãos de controle para garantir a inclusão do contingente de trabalhadores em saúde não vacinados na lista prioritária. A importação foi impossibilitada pela restrição dos fornecedores na comercialização de imunizantes, que não fossem para governos e o fluxo da imunização paulatinamente foi regularizado.

“A atuação sindical foi fundamental para garantir aos médicos, demais trabalhadores da área e usuários de serviços privados de saúde, o mínimo de segurança para continuar os atendimentos nesses estabelecimentos”, aponta o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho.

A vacinação, como sabido, não garante imunidade total e o alto grau de exposição dos trabalhadores em saúde é risco constante, que demanda monitoramento continuado. Em setembro, em entrevista à BandNews FM, o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, demonstrou preocupação com os surtos de covid-19 em unidades de saúde do DF.

 “Enquanto não fizer o bê-a-bá no acompanhamento e tratamento da pandemia, que é testar, diagnosticar, isolar, nós vamos continuar tendo esses surtos, que vai comprometer a força de trabalho. Vai afastar o profissional e a população vai continuar desassistida”, explicou.