MPDFT argumentou, no entanto, que arquivamento decorre do início da resolução dos problemas no hospital
O presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), Dr. Gutemberg, conversou sobre a situação do Hospital de Brazlândia (HRBz), na tarde da última quarta-feira (12), com o Promotor de Justiça Clayton Germano, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus), do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Em março, o sindicato foi à unidade de Saúde e constatou um verdadeiro cenário de guerra no local. Após conversar com médicos e outros servidores, a instituição enviou ao MPDFT denúncia sobre a situação e cobrou soluções para os problemas apontados: clique aqui para ler a matéria “Abandono e caos no Hospital de Brazlândia”.
À época, Dr. Gutemberg apontou que eram necessárias reformas na estrutura do hospital, contratação de servidores e, principalmente, “boa gestão”. A denúncia do SindMédico-DF foi protocolada no MPDFT dias após a visita, em 21 de março. No entanto, agora, ela foi arquivada pelo Promotor de Justiça da 2ª Prosus, que recebeu resposta às cobranças da Secretaria de Saúde (SES-DF), assinada pelo diretor do HRBz, Sérgio Luiz de Souza Cordeiro. No texto, ele aponta que vários problemas já foram solucionados e o trabalho continua para que todas as pendências verificadas, in loco, pelo Sindicato dos Médicos, sejam resolvidas.
Na avaliação do Promotor de Justiça Clayton Germano, como o diretor do hospital respondeu a cada um dos pontos da denúncia, o arquivamento se justifica porque vários problemas já foram solucionados e está sendo dada continuidade para resolução dos demais. O presidente do SindMédico-DF, Dr. Gutemberg, acredita, no entanto, que a resposta, na verdade, é “uma carta de intenções” já que os problemas apontados são os mesmos há anos e, até agora, não foram efetivamente resolvidos.
“Continuaremos buscando uma saída para o caos, tanto em Brazlândia quanto em outros hospitais da rede pública. E, acredito, parte dessa solução está em valorizar o servidor e investir em gestões técnicas e preparadas dentro da SES-DF. O profissional, que está ali na ponta do atendimento, não pode assumir a falência do Estado”, salientou Dr. Gutemberg.